O médico tem papel central no sistema de saúde como um todo. Ele é o responsável por atender o paciente e utilizar o seu conhecimento para diagnosticar e tratar doenças, acionando, assim, os demais elementos da cadeia da saúde. Ao pedir exames, internações, cirurgias ou medicamentos, esse profissional movimenta todos os demais elos, a fim de atender as necessidades dos pacientes. 
          Esse elo da cadeia é bastante pulverizado e heterogêneo. Há diversas especialidades médicas e diferenciação dos serviços (e valores cobrados pelos profissionais) pela grande importância que os clientes/pacientes dão à reputação do profissional. O médico detém o poder na condução do tratamento do paciente, havendo elevada deferência em toda a cadeia ao conhecimento do médico e restrições a interferências de terceiros em seu trabalho, mesmo que da parte de outros médicos. 
          O Brasil possuía 321.581 médicos com ou mais títulos de especialistas no fim de 2022, o que representou 62,5% dos profissionais em atividade no país. Os demais 37,5% eram médicos generalistas, ou seja, sem titulação em nenhuma especialidade. A projeção para 2035 é atingir um contingente de mais de 1 milhão de médicos no país, com a expansão da abertura de cursos e vagas de medicina. São dados do estudo Demografia Médica no Brasil 2023, produzido em parceria entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). 
          Os estados brasileiros que possuíam maior densidade de médicos por 1.000 habitantes são: Distrito Federal (5,53), Rio de Janeiro (3,77), São Paulo (3,50) e Santa Catarina (3,05). As menores densidades são encontradas no Pará (1,18 médico por 1.000 habitantes), Maranhão (1,22) e Amazonas (1,36). Os dados do estudo ainda mostram que os médicos se concentravam nas capitais brasileiras que, somadas, reúnem 312.246 médicos de todo o país. Os extremos da razão de médicos por 1.000 habitantes se observavam no Distrito Federal e no Pará e nas capitais Vitória (ES) e Macapá (AP).